quinta-feira, 5 de junho de 2014

Cuidado com os meus olhinhos


Ainda na maternidade, os bebês passam pelo exame do olhinho, para ver se está tudo bem. Alguns pediatras, como o da Alice, recomendam uma visita logo nos primeiros meses. Assim, com um ano, Alice já foi duas vezes ao oftalmo.

Essas visitas são importantes para avaliar a chance de o bebê estar com alguma alteração, como estrabismo, erros de refração e ambliopia.

Mas esse post, infelizmente não é sobre a importância de se ir ao oftalmologista. E sim sobre médicos despreparados para atender os pequenos.

Na nossa primeira visita, Alice apenas chorou. A médica não havia me causado nem boa nem má impressão, havia sido o suficiente, então acabei retornando ao consultório para a segunda visita. Como estou com dificuldades com os óculos, agendei para mim também, e ai a cortina se abriu.

O primeiro fato que me chamou a atenção foi ela reclamar da Alice não ter chegado com a pupila dilatada de casa. Pois isso evitaria o choro dentro da clínica. Após dilatar a pupila da minha pequena, ela solicitou que a mesma saísse da sala para que me atendesse. É óbvio que Alice chorou ainda mais. Neste momento surgiu à segunda coisa que me surpreendeu, ela me perguntou por que não levava ela para a cafeteria do segundo andar? Tranquei a língua para não dizer “claro, um cappuccino irá acalma-la”, respirei fundo e disse “ela quer a mãe, e a mãe não vai estar na cafeteria”.

Minha pupila também foi dilatada (mas eu não precisava vir de casa), e como a doutora não respeitava o horário de atendimento, a coisa se arrastava e a pequena ficava mais e mais irritava. Quando retornamos a sala, ela simplesmente não soube distrair a Alice para examinar as pupilas, colocando um ferro nos olhos da pequena para fazer o exame. Minha vontade era pular no pescoço da mulher.

Quando finalizou, Alice gritava e chorava, e ela pediu para que a retirassem e sugeriu novamente que a levasse no café. Fez o meu exame reclamando que crianças de um ano são muito difíceis, que os pais devem trazê-las dilatadas para agilizarem o trabalho.

Minha vontade foi perguntar por que ela não restringia a faixa etária de atendimento, se não gosta de atender os pequenos, não o faça. Bebês precisam ser atendidos com amor. É claro que irão chorar, são mãos estranhas que o tocam. Da minha parte, sai, abracei a minha nenê e prometi que lá ela não retorna.

Também fiquei muito irritada por ter ficado sem reação e ter permitido que a monstra examinasse a Alice daquela maneira. Felizmente não machucou a pequena, mas o stress e desgastes foram totalmente desnecessários.

Com um ano e meio ela deve fazer nova consulta. Então já estou listando indicações. Se você conhecer um oftalmo que goste de atender criança e atenda em Porto Alegre, pode deixar a indicação aqui nos comentários. Eu e a Alice agradecemos. 

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