quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Parto: Humanização, SIM. Radicalismo, NÃO.

“Graças a Deus tive a minha antes.” Este foi o meu primeiro pensamento ao ver as novas diretrizes do Governo para impedir que as gestantes optem pela cesárea. Não, não sou uma desinformada. Não, não tinha medo da dor do parto normal. Mas ao pesquisar os dois partos, analisar o histórico familiar, resolvi (sim, por que o meu obstetra não precisou fazer propaganda) que o meu parto seria cesárea.  

Sim, sou totalmente a favor da humanização, em qualquer tipo de parto. Hoje acho uma judiação o que fazem com os pequenos logo após o nascimento. De um lugar quente e escuro, eles são atirados à luz, tocados por mãos diversas, lavados, enxaguados, examinados, vacinados, sem dó nem piedade. Creio que deveria ser criada uma forma mais delicada de cuida-los neste momento, com o mesmo carinho que os tratamos logo que eles acordam.

Também concordo que a mãe deve ter respeitado o tipo de parto desejado, seja ele normal, em casa, no hospital, cirúrgico, na piscina, na banheira... (menos na rua e nos corredores dos hospitais público). Lembro que estava com quase 39 semanas quando descobri que o meu plano de saúde não possuía mais convênio com o hospital que eu desejava. Foram dias de choros e tensão, que duraram até eu tê-la em meus braços. Fricote? Pode ser. Mas só uma grávida para entender como ficam os hormônios de outra. E sei como fica o coração dessas mães ao serem submetidas a uma situação que lhes causa temor.

Agora fico me imaginado se o governo tivesse aplicado essa determinação quando eu estava grávida, determinação essa que os planos de saúde devem estar adorando, pois é a chance perfeita de eles não pagarem pelos partos (sim, por que particular pode). Eu estaria enlouquecida. As radicais iriam me dizer que a minha filha nasceria da forma mais bela e natural. E se ela não nascesse? E se ela passasse do tempo? 

Exagero? Não, pois curiosamente o parto foi no dia certo para a Alice. Ela estava mais do que na hora de vir ao mundo, mas o meu corpo não tinha dilatação nenhuma para proporcionar o seu nascimento. Sabem a história da hora certa no local certo? Pois então. Deus e Santo Antônio proporcionaram isso para ela e para nós, pois não existe felicidade maior do que vê-la crescendo e sapecando pela casa.

Por isso digo não a radicalização e sim a informação, respeito, humanização e direito de escolha.  Mais do que estatística, a mulher deve estar segura em relação ao seu médico e ao tipo de parto de sua preferência, seja ele qual for.

Concordo que é errado forçarem uma mulher que pode e quer parto normal a ter cesárea. Como também é errado impedir quem deseja tê-lo, como o governo está fazendo com a classe média. Falam-se muitos dos contras da cesárea, mas o parto normal também possui os seus, tanto para as mães quanto para os bebês. E ao contrário do que algumas defensoras do parto normal afirmam, nem toda mulher é parideira. E se voltarmos ao tempo da vovó vamos ver o número de mulheres e crianças que morriam durante o trabalho de parto normal. 

Por isso afirmo: não radicalizem um momento tão delicado. Tenha a sua preferência, lute para ela ser respeitada, mas não impeça ou critique os que pensam diferente de seguirem com suas escolhas.

E quanto ao amor, ah o amor, esse não é determinado pela barriga ou pela vagina, e sim pelo coração. Ou vão me dizer que as mães adotivas não são muito mais dignas de serem chamadas assim do que aquelas que abandonam os seus filhos em sacos plásticos na rua?

O que vale de toda essa história é cada pequeno chegar com saúde e a sua mãe estar bem para cuida-lo. O vídeo ficou lindo? Quer distribuir em blogs e redes sociais? Fique a vontade. Mas o evento não é o tipo de parto, mas a chegada de mais uma pessoa que pode ajudar a mudar esse mundo maluco.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Retornando as atividades



Eu estava com muita saudade de escrever no blog.
Na correria das últimas semanas foram muitas sapequices e novidades que eu gostaria de ter deixado registrado aqui.
Infelizmente o cansaço venceu, e eu não consegui dar conta de tudo. E para o meu desgosto, o lado pessoal foi totalmente sacrificado.
Em contagem regressiva para as férias, pretendo fazer um planejamento para que isso não se repita em 2015.
Muitas ideias de textos já pipocam na minha mente, e espero retornar ao ritmo de pelo menos um post na semana.
Por enquanto ficam os meus votos de um novo ano maravilhoso, em que os sonhos possam ser colocados em prática.