terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O primeiro Natal



Há muito tempo eu não via o natal com a mesma graça, havia sorrisos, troca de presentes, comidas mil, mas faltava algo, a expectativa.

Não sei por que, eu acho que este é o verdadeiro sentimento do natal: expectativa. Afinal, esta noite representa o nascimento de Cristo, o que significa que Maria deve ter ficado bastante ansiosa diante da expectativa do seu primeiro filho.

Mas esse ano é o primeiro natal da nossa pequena Alice. E o sentimento ressurgiu. Os olhos brilham olhando o colorido da árvore, as embalagens dos pacotes chamam atenção, pois sim, 50% dos presentes são para a princesa da casa. 

Queremos saber qual vai ser a reação com a queima de fogos, se ela vai acordar a meia-noite, se irá gostar do que foi cuidadosamente escolhido, enfim, a magia novamente se instalou, agora sem hora para ir embora.

Então esse é o nosso desejo de natal para vocês: uma noite cheia de expectativas para receber braços abertos tudo o que existe de bom nesta noite especial.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Minha filha não é o Buda




Fato 1
Mãe de primeira viagem é neurótica por natureza, e se preocupa com tudo e com todos.

Fato 2
Se eu colocasse a dona Alice em uma miss bebê, ela certamente ganharia o título de simpatia, pois como gosta de rir para os outros. Não existe uma volta sem que ela distribua sorrisos para alguém.

O que me irrita 1
Estranhos pegando nas mãozinhas dos bebês. Gente!!!! Os pequenos vivem colocando a mão na boca. Então se você está passeando no shopping, onde já mexeu em inúmeras roupas, foi ao banheiro, se apoiou no corrimão, não vá feliz e saltitante fazer carinho na mãozinha de um bebê. Você pode, sem saber, transmitir uma virose, e aquele ser fofinho e querido pode passar dias com dor de barriga e vômito.

O que me irrita 2
Pedir para pegar no colo. Nunca te vi, então nem sei se iria te amar, e isso é o suficiente para que eu não queria a minha guriazinha no teu colo. Não sei se és empresária, traficante, advogada, sequestradora, engenheira, médica, desocupada, louca da cabeça ou espaçosa. O fato é que não se pede para pegar o bebê de quem não se conhece, e muito menos se fica insistindo, principalmente depois de ouvir a mais furada das desculpas.

O que me irrita 3
Criaturas saindo do nada para agarrar os pés, pernas, braços, o que conseguir se grudar no bebê. Estes eu tenho que me segurar para não dar um soco, tamanho o susto que Alice, eu e o Marco levamos. Na última vez foi um homem que surgiu do nada e agarrou os pés dela. Não disse nem Oi, simplesmente pegou. 

O que me irrita 4
Perseguidores implacáveis. Sim, já houve uma louca que se grudou no carrinho de supermercado e queria caminhar junto para ver a Alice. Estes não só me irritam como me dão medo. 

O que me irrita 5
Já me aconteceu duas vezes: Alice estava dormindo e eu tapei o rosto para ela ficar mais tranquila. Na primeira vez três figuras pararam na minha frente pedindo para ver ela (devem estar esperando até hoje). Na segunda uma mulher no elevador foi puxando e eu tive que ir afastando a Alice enquanto o Marco tentava impedir de ela prosseguir com a abordagem amigável.

Resumo da ópera
Minha filha não é o Buda. Assim como os milhares de bebês que circulam nas ruas. Portanto eles não devem ser considerados de livre acesso para qualquer um chegar e ir passando a mão. E para quem está me achando rabugenta, eu vos digo, eu nunca, isso mesmo, NUNCA, fiquei parando mães para mexer nos seus bebês. 

Ela é linda? É. A mais linda do mundo na opinião da mamãe aqui. Mas isso não é desculpa para estranhos perturbarem os seus passeios. Aceitem os seus sorrisos e suas enroladas quando escolhidos, mas respeitem a pequena.

Então fica a dica: pode achar bonito, pode abordar a mamãe e/ou papai e dizer que é linda, qual o nome, qual a idade. Mas não toque, não grite, não puxe, não peça para pegar e principalmente não vá perseguir as criaturas. Eu, pelo menos, agradeço.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Meu coração amanheceu pegando fogo



Quem não conhece a música composta por José Maria de Abreu e Francisco Mattoso, cantada principalmente na época de carnaval em coro com a Gal Costa?

Agora imaginem o coração de qualquer anfitrião e organizador de eventos ao ver a palavra coração substituído por salão?

Parece brincadeira? Mas 2013 foi o ano dos incêndios aqui no Sul, começando pela tragédia da boate Kiss de Santa Maria, passando pelo querido Mercado Público, shopping Iguatemi e locais de festas como os clubes Sogipa e União.

No caso da Sogipa os salões foram afetados. Pelas informações que li e ouvi, eles resolveram rapidamente, arcando com os custos do novo local, visto que era necessário contratar o que estivesse disponível. O que foi muito ético e responsável do clube. 

Por essa razão, ao fechar o contrato para a festa de um ano da Alice, perguntar sobre o PPCI acabou entrando na minha lista de dúvidas. Assim como uma atenção extra em relação ao não cumprimento de contrato.

Lembro que no meu casamento não fiquei atenta a esses detalhes, e de todas as tragédias que povoam a cabeça de uma noiva, essa não passou nem perto da minha imaginação.

Então noivos, organizadoras, mamães, aniversariantes e loucos por festa não se esqueçam de ter em mente este item. Vamos orar para que essa quentura de 2013 não continue, mas na dúvida é melhor prevenir do que remediar.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

7 meses




E as mudanças continuam. O aniversário de 6 meses marcou as primeiras consultas no oftalmo e na dentista, nesta última fomos avisados: 4 dentinhos vem ai. Dito e feito. Cada dente é sinônimo de noites em claro. Os dois de baixo já estão bem visíveis e um de cima já está rasgando a gengiva. Aguardamos o restante. 

Ela também já se arrasta para trás. E já sabe do que gosta. Como o dia em que ela nos mostrava todas as crianças passeando nos carrinhos. A carinha de felicidade ao ser colocada em um carrinho de criança do Bourbon (devidamente parado) foi impagável.

Outra novidade: as papinhas salgadas começaram: arroz, batata, cenoura, moranga, chuchu, carne magra... o que ela mais gostou foi a moranga. Batata e arroz não fizeram muito sucesso.

Ela já se comunica com a gente (toda vez que ela quer alguma coisa faz hum e começa olhar para o objeto desejado), e continua a simpatia em pessoa. Acompanhou a montagem da árvore com curiosidade, mas achou as compras de natal cansativas (não opinando nas nossas escolhas, já que ferrou no sono na visita a loja de brinquedos).

A grande mudança foi o meu retorno ao trabalho na última semana, temporariamente meio turno, visto que a escolinha só irá recebê-la no final de janeiro, sou recebida com abraços e beijos de muita saudade.

Com isso posso dizer que para a mamãe começou a fase mais difícil, por que o desejo é ficar junto em tempo integral. Vendo tudo o que ela aprende no dia-a-dia, fica difícil não doer ao se dar conta de que não serei a primeira a ver alguma de suas novidades. Assim como a culpa de não poder proteger de tudo. Mas como dizem, é um mal necessário, pois não podemos coloca-los em uma bolha, já que viver é enfrentar e descobrir o mundo.

P.S. Com a volta ao trabalho, o número de posts tende a cair. Juro que irei tentar programar algumas coisas no findi, entre um soninho e outro da mocinha, como fiz com este. Então não desistam do blog caso demore um pouquinho para aparecer novidades.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Bodas de Algodão




Para o amor não existe anos, existem bodas. 

Dois anos de casamento são de algodão. Fofo. Suave. Macio. E rápido como uma nuvem. Nem sempre fácil, mas nada que o amor não descomplique. 

Manias, teimosias, abraços, beijos, sonhos, projetos, mudanças... um mundo que começou a dois e hoje é de três. 

Mas uma verdade há de ser dita, hoje comemoramos 13 anos juntos, se somados namoro, noivado e casamento. Ainda me lembro de um natal de 1999, quando o Marco vestiu-se de Papai Noel em uma festa da turma. Em uma brincadeira, um por um foi chamado para fazer um pedido de natal. Eu pedi uma viagem a Paris.

Hoje o Papai Noel é o Papai da Alice. Nós já fomos a Paris, entre outros lugares. Nos apoiamos nos momentos mais difíceis, e comemoramos cada vitória. Sempre teremos desafios, mas cada dia ficamos mais fortes. Quando um fraqueja, o outro está lá para apoiar, balançar a cabeça ou dar aquela sacudida.

Neste dia especial, gostaria de terminar este post com uma citação da Bíblia (Coríntios 13) que eu acho linda e foi utiliza pelo Renato Russo de forma sublime na música Monte Castelo: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”.