Ainda na maternidade, os bebês passam pelo exame do olhinho,
para ver se está tudo bem. Alguns pediatras, como o da Alice, recomendam uma
visita logo nos primeiros meses. Assim, com um ano, Alice já foi duas vezes ao
oftalmo.
Essas visitas são importantes para avaliar a chance de o
bebê estar com alguma alteração, como estrabismo, erros de refração e
ambliopia.
Mas esse post, infelizmente não é sobre a importância de se
ir ao oftalmologista. E sim sobre médicos despreparados para atender os
pequenos.
Na nossa primeira visita, Alice apenas chorou. A médica não
havia me causado nem boa nem má impressão, havia sido o suficiente, então
acabei retornando ao consultório para a segunda visita. Como estou com
dificuldades com os óculos, agendei para mim também, e ai a cortina se abriu.
O primeiro fato que me chamou a atenção foi ela reclamar da
Alice não ter chegado com a pupila dilatada de casa. Pois isso evitaria o choro
dentro da clínica. Após dilatar a pupila da minha pequena, ela solicitou que a
mesma saísse da sala para que me atendesse. É óbvio que Alice chorou ainda
mais. Neste momento surgiu à segunda coisa que me surpreendeu, ela me perguntou
por que não levava ela para a cafeteria do segundo andar? Tranquei a língua
para não dizer “claro, um cappuccino irá acalma-la”, respirei fundo e disse
“ela quer a mãe, e a mãe não vai estar na cafeteria”.
Minha pupila também foi dilatada (mas eu não precisava vir
de casa), e como a doutora não respeitava o horário de atendimento, a coisa se
arrastava e a pequena ficava mais e mais irritava. Quando retornamos a sala,
ela simplesmente não soube distrair a Alice para examinar as pupilas, colocando
um ferro nos olhos da pequena para fazer o exame. Minha vontade era pular no
pescoço da mulher.
Quando finalizou, Alice gritava e chorava, e ela pediu para
que a retirassem e sugeriu novamente que a levasse no café. Fez o meu exame
reclamando que crianças de um ano são muito difíceis, que os pais devem
trazê-las dilatadas para agilizarem o trabalho.
Minha vontade foi perguntar por que ela não restringia a
faixa etária de atendimento, se não gosta de atender os pequenos, não o faça. Bebês
precisam ser atendidos com amor. É claro que irão chorar, são mãos estranhas
que o tocam. Da minha parte, sai, abracei a minha nenê e prometi que lá ela não
retorna.
Também fiquei muito irritada por ter ficado sem reação e ter
permitido que a monstra examinasse a Alice daquela maneira. Felizmente não machucou a pequena, mas o stress e desgastes
foram totalmente desnecessários.
Com um ano e meio ela deve fazer nova consulta. Então já
estou listando indicações. Se você conhecer um oftalmo que goste de atender
criança e atenda em Porto Alegre, pode deixar a indicação aqui nos comentários.
Eu e a Alice agradecemos.