segunda-feira, 29 de abril de 2013

Maternidade: Pesquisando os tipos de parto






Recomendação que faço para todas as gestantes: independente da preferência, pesquise todos os tipos de parto, por que até a hora do nascimento, não se sabe com certeza como o seu bebê irá nascer.

Primeira observação: você irá encontrar defensoras xiitas do parto normal. Sim, existem pessoas que não aceitam nem discutir, todo motivo para fazer cesária é uma desculpa esfarrapada e a mulher, em alguns casos, é decretada menos mãe por esta escolha. O que não é verdade, pois não é o ato de parir que define uma mãe, e sim o amor e os cuidados que ela dedica ao filho.

Por outro lado, a cesária tem se tornado tão comum, mas tão comum, que não raro escuto a pergunta: “Mas tu marcou para que dia o nascimento?”, e muitos não escondem a surpresa ao saber que eu não tenho cesária agendada.

Não escondo que como muitas mulheres, eu também tinha preferência pela cesária, por permitir um planejamento, e assim, parecer mais seguro. Fora o fato de não ter que ficar horas gritando e sentindo dor (quadro nem um pouco atraente para quem já se sente morrendo com uma cólica). Mas como o meu médico não agenda o parto com antecedência, o que para mim era algo certo no início me fez ir para a rede pesquisar.

E não é que acabei achando a decisão dele a melhor mesmo? Primeiro motivo, sempre existe a possibilidade de erro nos cálculos da semana de gestação. E o bebê está pronto, prontinho mesmo, na 38º semana. Com isso, se ele for tirado antes, corre o risco de ter problemas respiratórios (algo que nenhuma mamãe quer). Sendo assim, estamos deixando a nossa guriazinha decidir. As minhas únicas pseudo-certezas no momento são que não quero de forma alguma a tal da episiotomia nem ter parto induzido.

Abaixo o que encontrei de positivo e negativo nos dois partos nestas minhas navegadas básicas:

Parto Normal
Positivo
- Recuperação mais rápida (não tem o famoso corte na barriga);
- Menor risco de infecção (desde que não seja feito nenhum corte, como a episiotomia);
- Menor tempo de internação no hospital após o parto;
- Diminui o desconforto respiratório do bebê;
- Ao nascer o bebê pode já ficar com a mãe;
- O bebê nasce no tempo certo;
- Os pontos caem sozinhos;
- Participação ativa da mãe no nascimento;
- Menor uso de medicamento.
Negativo
- O parto pode durar muitas horas;
- Tirarem o bebê a força, gerando machucados ;
- Parto induzido e bebês muito grandes aumentam as chances da mulher sofrer de incontinência urinária;
- Para quem possui alguma infecção, existe um risco enorme de passar para o bebê na hora do parto;
- Pode haver danos na região da pelve, períneo, uretra e ânus;
- Após o parto pode haver dor no períneo, em casos de episiotomia e laceração.

Parto Cesariana
Positivo
- Permite um planejamento da mãe;
- No caso da mãe ter algum vírus ou infecção, este não é passado para o feto;
- O parto é mais rápido e indolor;
- Diminui o risco de o feto sofrer por ter passado do tempo;
- Ter o médico do pré-natal disponível.
Negativo
- É uma cirurgia, portanto, envolve riscos como infecção e hemorragia;
- Pode haver problemas na cicatrização;
- Pode haver reação a anestesia;
- A recuperação pode ser mais demorada (dependendo do organismo da mulher).
- Restrição a atividades físicas por pelo menos 2 meses.
- Dores após cirurgia devido ao corte e a manipulação feita pelo médico para retirada do bebê.
- Útero fica com uma cicatriz.

Argumentos do Parto Normal que eu acho duvidosos:
- Favorece a produção de leite materno: Conheço casos de mulheres que já produzem leite antes do nascimento, então tenho as minhas dúvidas quando a esse favorecimento;
- É mais econômico: Existem hospitais que cobram o mesmo preço pelos dois tipos de parto, talvez o que encareça seja o tempo de estadia;
- Maior vínculo com a mãe: Eu, como filha de cesária, acho isso uma grande lorota. Conheço mães que tiveram seus filhos de parto normal e nem merecem este título, então considerei este item uma forçada de barra desnecessária.

Minha opinião: Com exceção de algumas mães que relatam ter feito cesária com sucesso e sem o drama todo citado nas reportagens que comparam os partos, o normal sempre terá uma lista de aspectos positivos bem maior do que a cesária. Mas acho que a verdadeira vantagem, independente da sua opinião, é poder escolher um que deixe a mulher segura, pois o momento é uma mistura de delicadeza, ansiedade e apreensão, principalmente para quem é mãe de primeira viagem. 

Creio que ter conhecimento dos dois tipos seja o ideal (lembrando que o normal tem diversas maneiras como cócoras e na água), pois ela estará sempre sujeita a uma mudança de planos na etapa final.
Fontes:
http://maesefilhos.com/parto-normal-x-cesariana-e-preciso-estar-informada/

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Organizadora: Sim ou Não





Uma pergunta que muitas noivas se fazem é se vale a pena contratar uma organizadora. Não existe uma resposta exata para essa pergunta, pois ela irá depender do tipo de noiva que cada uma de nós vai ser.

Uma boa organizadora irá orientar os noivos em todas as fases do casamento. Irá escutar atentamente o que eles desejam e quanto podem gastar. Algumas vezes ela terá que sutilmente colocar os pés deles no chão e fará o possível e o impossível para que tudo saia perfeito no dia, indicando fornecedores de confiança.

Eu optei por contratar uma organizadora e não me arrependo. Meu perfil era de quem não tinha tempo para sair pesquisando. Eu e o Marco tínhamos uma vaga ideia do que queríamos, e fomos passando isso para a Cris Vogel. Em 11 meses organizamos a festa, que ficou do jeito que esperávamos, e vai ficar para sempre na nossa memória por ter sido inesquecível pelos ótimos momentos.

Quais as vantagens que eu vi em contratar uma organizadora:

- Ela te apresenta fornecedores que combinam com o teu perfil e faixa de valor que pretende gastar;
- Por ter um conhecimento prévio, a seleção de itens como local da festa e igreja se torna mais ágil;
- Os fornecedores tendem a se esforçar mais para cumprir o que foi contratado, já que se errarem não serão indicados para noivos futuros;
- A chance de cair em uma cilada diminui;
- Ela te lembra de coisas que você não fazia nem ideia de que precisava;
- Realiza confirmação com aqueles convidados que não dão nem sinal de vida se irão comparecer ou não;
- Corre para fazer ajustes de última hora, como daquele convidado que disse que não ia e apareceu de surpresa.

Claro, se os noivos são do tipo que gostam de realizar pesquisas por conta própria, fazer a entrevista com os fornecedores sozinhos, uma organizadora pode não compensar, já que de certa forma irão realizar todo o trabalho que compete a ela. Neste caso eu sugiro contratar apenas uma cerimonialista para o dia.

Mas qual o trabalho de uma cerimonialista?

Fazer a festa andar em um ritmo tranquilo. Indicar a mesa em que os convidados irão sentar, distribuir lembrancinhas, lembrar sutilmente os noivos de momentos como jogar o buquê, realizar o brinde e até mesmo sentar e jantar. Ajudar a noiva a tirar o véu ou ajustar o vestido. Enfim, pequenos detalhes que passam despercebidos quando não geram uma quebra na festa. 

São profissionais que valem a pena investir pela qualidade que proporcionam de tempo, planejamento e organização. Realizar uma festa sem um profissional é possível, mas também trabalhoso. E cá entre nós, os noivos merecem relaxar e aproveitar todas as horas desse dia especial.

Na hora da contratação, buscar referências é sempre muito importante, assim como a identificação com o profissional. Você precisa criar uma sintonia com a pessoa, mesmo que ela só te atenda no dia. Além disso, não avalie apenas preço. Suspeite de valores muito baixos, mas lembre-se que valores absurdos também não são garantia de um excelente trabalho. Referências e identificação com o profissional são itens essenciais para haver uma sintonia no grande dia.

Eu escuto elogios dos convidados sobre a nossa festa até hoje, passado mais de um ano, e afirmo com segurança que o trabalho da Cris foi fundamental para isso. Agradeço e muito ter contado com ela para a realização do nosso casamento.
 

terça-feira, 23 de abril de 2013

Maternidade: 37 semanas – A etapa final

 
Imagem: bebe.abril.com.br 


A barriga endurece e pesa, quando menos se espera, um chute nas costelas. Sono, muito sono. Cansaço, dificuldade de concentração devido à ansiedade de que a qualquer momento este pequeno ser carregado com tanto amor irá mostrar a sua cara.

 
Não é fácil deitar e dormir. As posições acabaram. Assim como as roupas com a mudança de estação, pois sim, você irá pegar pelo menos três diferentes, e aqui no Sul anda bem friozinho (e são poucos os blusões que me servem ainda).

Todas as roupinhas dela já foram lavadas, o quarto arrumado e a mala da senhorita quase pronta (só falta os produtos de higiene), em compensação, a mala da mamãe aqui nem começou a ser recheada. Até por que, preciso providenciar itens básicos como pijama, sutiã de amamentação e chinelo. A lista de uma gestante parece não acabar nunca.
 
 
Para o próximo final de semana, muitas atividades agendadas, como a instalação do bebê conforto no carro (para ela sair do hospital devidamente acomodada) e a compra dos itens que faltam (como fralda RN e álcool gel). Antes que me perguntem: Como ela não tem fralda? Explico. Nas lojas físicas está difícil achar um modelo da Pampers RN que tem o corte para o cordão umbilical, sendo assim, estou esperando pelo sábado, que vou ficar o dia inteiro de pernas para o ar, para encomendar em um site de farmácia.
 

Mas por que essa fralda, Andrea? É só dobrar as normais que não pega no cordão. Sim, eu sei. Mas acho que essa com o recorte vai facilitar a nossa vida, pois nenhum dos dois tem experiência com essa atividade complexa. E como no curso falaram que se o cordão pegar umidade, mais tempo ele demora para cair, resolvi não arriscar.


Então apesar de saber que ela já pode nascer a qualquer momento, contamos com a paciência da pequena por mais alguns dias, enquanto essa dupla de pais atrapalhados se organiza.




terça-feira, 16 de abril de 2013

Casamento: Orçamento



Figura do site www.confiancabr.com.br 

Quando uma pessoa vai organizar qualquer evento, a primeira pergunta que ela deve se fazer é: quanto eu posso gastar?
 
Para organizar uma festa de casamento, isso não é diferente. Como para muitas mulheres isso é, primeiro de tudo, a realização de um sonho, antes de começar a contratar é necessário colocar os dois pés no chão.
 
Primeiro, um fato: o orçamento sempre estoura.
 
Segundo: A palavra casamento faz tudo inflacionar.
 
Terceiro: A frase realizar um sonho não tem preço será ouvida diversas vezes.
 
Minha opinião: Se os noivos não estabelecerem um preço para esse sonho, ele poderá virar um pesadelo na vida a dois. E não, a beleza deste sonho não está ligada diretamente ao valor gasto, mas sim ao amor do casal e o bom gosto da noiva. O que faz um casamento bonito é ele ter a identidade dos noivos. Por isso, após a definição do valor a ser gasto, é necessário listar o que é mais prioritário para o casal. A música é muito importante? Invista em um ótimo DJ. A comida deve ser de excelência? Busque um buffet diferenciado.
 
Algumas coisas que devem ser observadas na hora de buscar fornecedores:
 
- Contratar ou não uma organizadora? Ainda vou fazer um tópico específico para este item, mas um bom profissional irá lhe indicar fornecedores de qualidade e responsáveis, gerando economia na dor de cabeça.
 
- Salão de aluguel barato não é sinônimo de economia. Aquele local antigo, sem estrutura, pode ter um aluguel muito barato, mas o custo para decora-lo pode ser o mesmo de um lugar mais bonito e até mesmo, bem localizado. Por isso é necessário avaliar se o local tem muitas coisas a serem escondidas, se fornece louça, se as mesas e cadeiras podem ser utilizadas. A soma destes valores pode gerar uma diferença e tanto.
 
- Pagar a vista: Muitos fornecedores exigem que o pagamento total seja feito antes da data do evento, então vale a pena ver se rola um desconto a vista. Pequenas diferenças geram um valor considerável no final.
 
- Ao comparar os fornecedores, analise bem a qualidade. O mais barato em valor pode sair bem caro depois. Lembre-se: você não irá repetir aqueles momentos novamente, então se as fotos ficarem ruins ou a filmagem incompleta não terá como recuperar.
 
- Veja o que realmente é necessário para deixar a festa a cara de vocês.  Alguns noivos personalizam tudo. Outros enchem os convidados de mimos. Ao visitar sites e blogs, é possível ver um milhão de possibilidades. Vocês possuem condição financeira para inventar bastante? Ótimo, soltem a criatividade. Não tem? Não se preocupem. Não é isso que torna a festa inesquecível, e sim o amor de vocês. Existem festas que possuem todas as novidades divulgadas, mas não transmitem paixão.
 
- Tenha uma planilha de controle de gastos. Desta forma vocês podem estimar o que pretendem gastar em cada item, começar a se preparar psicologicamente onde terão estouro de orçamento, assim como o que pode ser acrescentado e o que deve ser cortado.
 
- O número de convidados influência, e muito, o valor final. Vários itens estão ligados a eles, como decoração, buffet, mesa de doces, convites, lembrancinhas, tamanho do álbum, capacidade do salão, bebidas, segurança, número de garçons, entre outros. Por isso a história do convidar só por convidar pode custar caro.
 
- Ao fechar um contrato, sempre veja o número de horas contempladas.  Muitos salões alugam por 3 ou 4 horas, e depois os noivos pagam a hora excedente. O mesmo pode ocorrer com outros profissionais que estarão te atendendo no dia.
 
- No caso do salão, não se esqueça de ver se é cobrada a rolha. Quando isso não ocorre, os noivos ficam liberados para levarem bebidas de fora. O que pode gerar economia na hora do brinde.
 
- Cuidado na seleção da igreja. Veja se a data pretendida não envolve algum período especial, caso a cerimônia religiosa seja indispensável. Em algumas datas, principalmente no caso das igrejas católicas, casamentos não são realizados, e a mudança da data contratada pode gerar um valor a mais a ser pago aos fornecedores. Outro cuidado: algumas igrejas possuem a sua própria lista de fornecedores, obrigando os noivos a contratarem os indicados, o que possibilita ter que pagar um valor muito acima do desejado, já que existe um monopólio.
 
Espero que estas dicas iniciais já ajudem quem está começando a organizar uma festa, embora seja um tópico que ainda poderá render parte II, III, visto que envolve muita coisa. Mas como conselho final, deixo a sugestão de tentarem quitar os valores da festa até o dia da sua realização. Principalmente para quem ainda não morava junto, pois irá enfrentar um período de adaptações e gastos, e nenhum casal merece iniciar a vida a dois com mais dividas do que pode pagar.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Maternidade: Fugindo da dieta – Um desabafo


 
Por ter tendência a engordar, vivo uma relação de amor e ódio com a balança. Para o casamento, fiz uma reeducação alimentar que me fez pesar 47 kg no grande dia (distribuídos em 1,65 de altura). No pós-casamento, assumo que me passei um pouco ao acompanhar o agora marido nas refeições da noite, mais uma lesão na musculação e uma alergia curada a base de muito corticoide, me fizeram retornar ao chamado peso saudável.
 
Desde que me descobri grávida, faço acompanhamento com uma nutróloga. No início, tudo muito tranquilo, não engordava muito, no máximo umas 600 gramas. Mas ai chegou o final de ano e o primeiro xixi: 4 quilos em um mês. Sim. A soma natal, ano novo e férias te fazem comer muito mais porcaria, e por alguma razão, sorvete parece ser o alimento perfeito para uma grávida.
 
O fato é que desde fevereiro fui colocada em dieta, inicialmente cheguei a controlar, mas a verdade é que depois da páscoa eu não consigo mais seguir. Adoro doces, minha glicose é 70, e preciso deles para ter energia.  A diferença agora é que também sinto fome de salgado, e se antes era fácil eliminar pão e massas, agora é praticamente missão impossível, pois sinto muita fome.  Como na rua os alimentos são ricos em sódio, o corpo também começa a inchar mais, retendo líquido. Resultado: com oito meses de gravidez, engordei 12 quilos.
 
Uma coisa que me atrapalha bastante é o que não se pode comer na rua: Não poder comer salada (já que não se sabe se foi bem lavada e existe o risco da toxoplasmose) e Não poder comer carne (achar uma carne bem passada é um desafio).
 
Além disso, a querida aqui não gosta de diversas coisas como cebola, alho, pimentão, beterraba...  o que limita, e muito, os legumes disponíveis. Como no dia de hoje, no restaurante havia uma linda seleta de legumes, mas cheia de cebola, me fazendo desistir de pegar.
 
Com isso, parece que só sobram os carboidratos, que te fazem misturar arroz, feijão e purê de batata. Existe também o mistério dos peixes serem quase sempre serem fritos e todo lugar ter uma sobremesa que parece ser a sua favorita.
 
Somado a tudo isso, meu querido obstetra não me liberou para fazer musculação e pilates (mesmo tendo arrumado uma equipe de acompanhamento profissional), com isso, o único exercício que o meu corpo vê desde março é uma caminhada eventual. Com o peso da barriga e a queda da resistência, até mesmo isso vem se tornando raro (para não dizer inexistente no mês de abril).
 
O desafio para a minha nutróloga é que eu não engorde um quilo por semana na reta final (o que me deixaria próxima dos 20 quilos ganhos no total). Mas a ansiedade dos últimos tempos não anda ajudando, então confesso, após um almoço em que comi duas fatias de um doce chamado brigadeirão, e sem ter exercícios físicos para desabar toda essa energia, eu larguei a toalha para o controle de peso.
 
Estou deixando para literalmente correr atrás após o nascimento da nossa princesa. Não recomendo a ninguém fazer isso. Mas assumo que realmente enchi o saco de contar calorias em meio a tantas coisas a serem resolvidas.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

A Lista


Figura retirada do site ateodiadocasamento.blogspot.com 

Qualquer encontro que reúna mais de dez pessoas fará com que o seu organizador se depare com o item que mais dá dor de cabeça em qualquer ser humano, por mais paciente e tranquilo que ele seja: a lista de convidados.
Isso vale para casamento, chá de fralda, aniversário, formaturas e afins. É quase impossível convidar a todos os conhecidos, colegas, vizinhos e familiares.

Em um primeiro momento, os noivos e seus familiares irão listar todos os convidados imaginados. Após finaliza-la, vem a grande pergunta:
- Qual o seu orçamento? Para quantas pessoas você poderá dar uma festa?

Você pode convidar mais do que listou? Parabéns. Você é um sortudo. Pode encomendar convites a mais, pois se faltar um ano ou mais para o evento, sempre irá surgir alguém no meio do caminho.
Agora, se você pertence ao mundo dos simples mortais em que a lista estoura o seu limite, algumas questões devem ser levantadas, e ai, peço desculpa se para alguém o texto soar grosseiro, mas a realidade de quem se depara com este momento pode ser muito mais dura do que parece.

- Quem é tão importante na tua vida que não pode deixar de comparecer?
- Quem é importante para os pais?
- Quem irá gerar uma saia justa se não for convidado?

Essa primeira lista irá gerar os convidados obrigatórios. A seguir, vem uma pergunta capciosa:
- Quem mora longe e você tem certeza que não irá vir? Nestes casos, você envia o convite como forma de participação, mas não contabiliza nos custos da festa.

- Quem você tem certeza que é convidado e nunca vai a evento nenhum? Aqui é necessário conhecer muito bem a pessoa, e o convite acaba se tornando uma participação também.
E o pior momento (e mais polêmico também), a hora do corte, algumas perguntas chaves:

- Quem você vê uma vez na vida e não recebe nem ligação de parabéns no dia do seu aniversário?
- Você ou seu noivo(a) estão junto há anos e um dos dois não a conhece, mesmo a pessoa morando na mesma cidade?

- A pessoa casou, se formou, fez festa de aniversário recentemente e não te convidou?
- Os pais não estão ajudando e querem convidar pessoas que nunca se viu na vida?

- Você convive há pouco tempo com ela e tem pouca intimidade?
- É uma pessoa que irá entender caso você não possa convidar?

São questões que parecem cruéis e frias a primeira vista, mas para quem pode fazer uma festa para cem pessoas e tem uma lista de duzentos, pode servir de norte para uma tomada de decisão.
Dicas para os pais:
Quem não ajuda, não atrapalha. Aquela história de que a festa fica por conta dos pais da noiva não existe mais, e em muitos casos, quem paga pela festa são os próprios noivos. Se não pode (ou não quer) contribuir, também não vai azucrinar a cabeça dos coitados com uma lista de desconhecidos ou familiares há muito desaparecidos. Ou na hora que estão distribuindo os convites lembrar do primo de décimo grau que brincou contigo quando tinha dois anos e depois nunca mais teve notícia.
Para os convidados:
Você recebeu um convite? Que bom. Sinta-se privilegiado. Para estar à altura, não deixe de confirmar presença. O teu sim irá permitir que os noivos se organizem ainda mais para te receber com carinho e o teu não pode permitir que eles convidem alguém que estava na chamada lista de espera. Não é feio dizer que não vai. Feio é confirmar presença e não aparecer.
Outra coisa, o convite veio somente com o seu nome? Então ele não inclui cachorro, empregada ou aquele amigo que você adora.

O convite inclui a família? Então são os familiares direto que moram na casa, e isso não inclui o atual ficante da caçula.
Outra coisa, confirmar quem não foi convidado irá atrapalhar a organização dos noivos, que já estão deixando de convidar outras pessoas por conta do orçamento. Lembre-se: no futuro, a festa pode ser sua, e ai, não poderá reclamar.

Observações:
Em geral, dez por cento das pessoas que confirmam não comparecem, então é um risco calculado que, dependendo do conhecimento que você possui dos seus convidados, você pode correr e convidar mais pessoas dentro desta cota.

Sempre avalie quem pode sair magoado por não receber um convite, e esteja preparado para espichar um pouco a corda. Às vezes vale a pena cortar alguns itens e aumentar a lista de convidados do que gerar rupturas desnecessárias.
Mas ai você me pergunta: Como é que tu fizeste a tua lista de convidados?

Desde o início nos baseamos no fato de que o nosso casamento era uma celebração. Em janeiro (11 meses antes da festa) ambas as famílias sentaram e listaram os convidados. No meu lado específico, convidei as pessoas com as quais tínhamos alguma identificação, pessoas que eu gostava e que sabia que gostavam de mim. Pessoas que eram importantes para a minha mãe e que a fariam feliz por estar compartilhando aquele dia especial. O mesmo método adotei na empresa, optei em convidar os colegas que eram mais amigos do que outra coisa. Fui me escapando de muitas saias justas até o grande dia.
Gostaria de ter convidado mais pessoas? Com certeza. Ultrapassei em 30% o número de convidados estipulado inicialmente. E como muitas que possam a vir a ler este post, me deparei com problema de confirmações. O que me ajudou bastante também neste item foi ter uma organizadora, que ligou para várias pessoas. O fato de não ser uma pessoa conhecida também facilitou as respostas sinceras quanto o não comparecimento. Então, fica a dica, se você não tiver organizadora, veja com uma amiga, madrinha para fazer esse papel de ligar e verificar.