Creio que o fato mais marcante deste último mês tenha sido o
primeiro natal e ano novo da Alice. No caso do natal, como havia mais pessoas
em casa, ela ficou mais agitada, sendo demorado o processo de acalmar e faze-la
dormir. Por outro lado ela viveu a experiência de abrir os presentes e
conversou com a prima que se encontra distante pelo Skype.
No ano novo, como só havia pessoas que ela já está
acostumada, ela passou a virada dormindo, sendo acordada mais tarde pelas
bombas mais exageradas (por isso entro na campanha invista nas coloridas mais
silenciosas, só barulho não tem graça).
Além disso, o sétimo mês nos reservou uma boca cheia de
dente (3 que já saíram e o 4 nascendo), uma menina boa de garfo (fruta,
papinha, suco, mama, vale tudo), alerta vermelho para locais altos (os
travesseiros já não são uma boa barreira) e muitas comprinhas, já que ela está
oscilando entre o tamanho m e g (conforme confecção). Como ela ainda cabe no
ofuro, brinca de sentar e levantar (sozinha) e acaba “lavando” todo o piso. Já
colocou os pezinhos na piscina e aguarda ansiosamente uma vaga na aula de
natação, já que está difícil conseguir no sábado.
A grande mudança foi o meu retorno parcial ao trabalho. Não
está sendo difícil, mas também não tão fácil assim. Quando chego ela me recebe
com um sorriso, mas ficou bem mais manhosa, se antes ela já ficava mais tempo
sentada brincando, agora quer colo quase em tempo integral. Resiste mais para o
cochilo da tarde. A necessidade de ficar grudada parece mais forte.
Confesso que pra mim é bem complicada a separação, bate a
vontade de ficar em casa cuidando só dela, curtindo cada momento e aprendizagem.
Por outro lado, acredito que a mulher deve sim manter a sua independência
financeira. Não sabemos o dia de amanhã e ficar dependente do
marido/namorado/companheiro pode virar uma armadilha no futuro. Então o negócio
é secar as lágrimas, aprender a respirar com o coração apertado e viver essa
separação temporária, mas diária, da forma mais sadia possível.
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