Se existe uma coisa que dói no coração de qualquer mãe de
recém-nascido é a malvada da cólica. Alice começou a ter com frequência logo
nas primeiras semanas de vida. Toda noite ela se contorcia e chorava. Começamos
as pesquisas. A dinda Fabi deu um bichinho de ervas que se esquenta no micro-ondas
e coloca na barriguinha. Comecei a dar banho de ofurô, fazer exercícios com as
perninhas, dar Tylenol Bebê e Luftal. Tudo isso aliviava e impedia de entrar
madrugada adentro.
Mas eu não queria aliviar, eu queria que ela parasse de
sofrer. Com isso cortei o leite de vaca, brócolis, feijão, qualquer coisa com
chocolate preto, enfim, quase tudo que o tio Google listava. E as cólicas,
assim como os gases, pararam.
Quando ela completou os 3 meses, resolvi começar a
introduzir novamente os alimentos. Comecei pelo leite, nada de cólica e eu
ainda passei a ter mais leite para amamentar (viva o meu Molico). Passou uma
semana e pouco, como o feijão foi substituído com sucesso pela lentilha, provei
um bolo com chocolate e nenhum efeito, o próximo item da lista era o brócolis,
comi um dia, dois, três dias e ai ela foi ficando enjoadinha até ficar com dor
novamente.
Neste último domingo ela chorava, mesmo quando conseguia
dormir. Uma dor no coração de ver essa guriazinha tão pequena sofrendo tanto. Como
dizia um personagem da TV: agarrei um ódio por esse tal de brócolis.
Brócolis agora só depois que eu parar de amamentar. Pois não
quero vê-lo nem fantasiado de salada, e muito menos misturado no arroz.
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