Ser filha, Ser mãe

Ser filha é tão fácil. Quando o coração aberta, sempre tem braços para te consolar. A luz no fim do túnel, na maioria das vezes, se chama mãe. Na hora das puxadas de orelhas, por mais que doa, sabemos que é feita por amor.

Minha mãe é a minha fortaleza. Uma guerreira que já superou muitos obstáculos, enfrentou coisas aos quais não merecia, e mesmo assim, não perdeu sua essência. Merece ser admirada. Um exemplo que deveria ser seguidos por muitos.

Brigamos, nos abraçamos, discordamos, nos beijamos, trocamos ideias, falamos sobre livros, curtimos cinema, adoramos um teatro, somos fãs de um show. Temos nossas diferenças e igualdades. Mas nada corta o nosso cordão umbilical.

Minha mãe é a melhor do mundo. Simplesmente por ser o que é, com suas qualidades e defeitos, seu carinho e sua preocupação.

Ser mãe é complicado. E hoje eu entendo a minha mãe.  Sou do tipo que me preocupo, qualquer febre me leva a loucura. O medo que eu desdenhava, agora precisa ser domado.

Ser mãe é maravilhoso. Sentir na primeira hora da manhã braços pequenos em seu pescoço, bochecha com bochecha, matando a saudade de uma noite de sono. Ouvir gargalhadas, dar beijos e afofar.

Ser mãe é ser curiosa. Redescobrir a casa e o jardim. Tocar em folhas, sentar na grama. Se perder entre brinquedos, usar a imaginação.

Ser mãe é ser prática. Aprender a fazer malas apenas com o básico. Ter uma lista mental do que não pode faltar.

Ser mãe é ser negociante. Procurar as melhores ofertas de fralda, pomada, lenço umedecido, sapato, roupa, material escolar...

Ser mãe é estar próxima de Deus. Sentir a emoção de gerar uma vida, ouvir um coração que não é o seu.

Ser mãe é viver a primeira vez. O primeiro beijo, abraço, mama, troca de fraldas, papinha, palavras, passos, sapequices.

Ser mãe é se sentir completa. É viver o amor em uma intensidade que nenhuma outra forma pode proporcionar.

Obrigada, mãe. Obrigada, filha. Vocês me mostraram os dois lados do amor, não é a toa que são as mulheres da minha vida.