Como muitas amigas perguntam e sei que muitas mulheres
possuem curiosidade de saber como é a hora do parto, resolvi escrever este post
contando a minha experiência.
Estava com 39 semanas quando fui para o hospital, havia pesquisado
os prós e contra de cada tipo de parto, e o destino escolheu cesariana. No meu
caso, creio que foi o ideal, pois a minha bacia é estreita e foi constatado no
momento que retiraram a minha menina que mais um dia e ela poderia entrar em
sofrimento fetal, portanto, tudo foi na hora que tinha que ser.
Na chegada se deu inicio a parte burocrática. Entrega da
carteira do plano de saúde e carteira de motorista, informar dados pessoais,
preencher uma série de informações sobre doenças e medicamentos, assinar um
termo sobre estar ciente sobre a anestesia.
Passada esta parte, fui encaminhada para o andar da
maternidade. Em um primeiro momento tive que ficar sozinhas com as enfermeiras.
Confesso que ali começou a bater o medo, pois nunca havia feito uma cirurgia na
minha vida. Em uma sala com banheiro tive que trocar a minha roupa por um
avental. Após, uma enfermeira me fez várias perguntas, verificou minha pressão
e temperatura, e por fim, um soro foi colocado na minha mão. Fiquei um tempo
sozinha esperando, até que o médico veio me dar um oi e depois o meu marido,
que havia sido autorizado a entrar para trocar de roupa.
Em seguida fui encaminhada para a sala de cirurgia (com o
devido cuidado de fechar o raio do avental com a mão para não desfilar com a
bunda de fora pelo corredor). Sentada na mesa onde o parto seria realizado,
senti algo gelado sendo passado nas minhas costas, a seguir, picadas mais leves
do que eu imaginava, introduziam a anestesia.
Quando a anestesia começou a fazer efeito, senti um calor
nos meus pés, logo em seguida, perdi o controle sobre os meus membros
inferiores, e essa é a pior sensação, saber que as pernas estão lá, mas não
conseguir mexe-las.
Com isso o Marco foi autorizado a entrar, protegidos por um
lençol, só ouvíamos a contagem regressiva do médico, doze minutos depois de ter
entrado na sala, escutávamos o choro da nossa filha, nossa família se
completava.
E finalmente chega o grande momento, de ver quem estava
escondidinha na minha barriga, ver o rosto perfeitinho, mas é muito rápido. O
beneficiado nesta hora é o pai, que acompanha o bebê no primeiro banho e exames
iniciais. É ele que apresenta o novo membro aos familiares e amigos.
Enquanto isso eu estava lá, sendo costurada, até que tiveram
dó de mim e a trouxeram mais uma vez. Foi muito emocionante ter a minha filha
perto, falar e ver que ela reconhecia a minha voz.
Eu fui revê-los na sala de recuperação. Após o efeito da
anestesia passar, foi hora de amamentar a nossa Alice pela primeira vez. Este
contato é emocionante, pela intimidade e pelo fortalecimento do laço que este
momento parece selar entre mãe e filha, pois é algo que só você, mãe, pode
fazer para ela.
E sim, me senti dolorida quando a anestesia passou. Mas
tudo, absolutamente tudo, vale a pena quando se tem o nosso bebê nos braços.
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